Policial Rodoviário Federal

Policial Rodoviário Federal: quais as atribuições?

Se você sonha em trabalhar como policial rodoviário, conheça as atribuições e exigências desses profissionais.

As rodovias funcionam como um sistema que garante a circulação de pessoas e mercadorias no interior de um país. É por elas, também, que podem circular produtos proibidos pela legislação, prática que exige fiscalização policial.

Diferentemente das demais forças policiais, o cargo de policial rodoviário federal é único, exige nível universitário completo (reconhecido pelo MEC) em qualquer área e oferece um salário de R$ 9,8 mil. Também existe a possibilidade de qualquer policial assumir funções de chefia — desde a mais simples à de diretor-geral (posto máximo da carreira).

Por isso, se você deseja saber como se tornar policial, confira quais são as principais atribuições da Polícia Rodoviária Federal e os requisitos da profissão.

Atribuições

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) é um órgão do Ministério da Justiça que responde ao Poder Executivo Federal. Essa não é uma polícia militarizada, o que significa que ela não se submete à hierarquia militar.

Sua principal atribuição é fiscalizar e policiar ostensivamente as rodovias federais, popularmente conhecidas como BRs. A PRF tem sede em Brasília e conta com 27 superintendências regionais, 150 delegacias, 413 unidades operacionais e mais de 550 unidades em todo o país.

Essa polícia também atua nas áreas de interesse da União e em parceria com outras instituições, como o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Polícia Federal (PF), a Receita Federal e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).

Exigências

A carreira de policial rodoviário federal foi criada no Brasil em 1935 e os profissionais são admitidos através de concurso público. Os candidatos devem ter entre 18 e 65 anos e podem ser do gênero feminino ou masculino.

Os interessados também são obrigados a ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B — que habilita o motorista a dirigir veículos de quatro rodas com até 3,5 toneladas de peso total e capacidade de nove ocupantes, incluindo o motorista. Os quadriciclos estão incluídos nessa categoria. A comprovação dessa CNH deverá ser realizada no curso de formação.

Além disso, é preciso ter nacionalidade brasileira ou portuguesa (estando esta última amparada pelo estatuto de igualdade entre portugueses e brasileiros), não ter nenhuma pendência com a justiça eleitoral e, no caso dos homens, estar quite com as obrigações do Serviço Militar. Outra exigência é que o(a) candidato(a) tenha aptidão física e mental para o exercício do trabalho.

Processo seletivo

O processo seletivo da carreira se divide em duas etapas. A primeira é composta por cinco fases. Na primeira, há uma prova objetiva e discursiva, de caráter eliminatório e classificatório. Na segunda, há uma avaliação de títulos, de caráter unicamente classificatório. Na fase 3 há um exame de capacidade física. Nas fases 4 e 5, há uma avaliação psicológica e médica, respectivamente, de caráter eliminatório.

Na etapa de seleção, há apenas duas fases. Na primeira, há um curso de formação profissional de duração aproximada de três meses. A pontuação obtida pelo candidato no curso será adicionada à nota final da primeira etapa. Essa fase possui caráter eliminatório e classificatório.

A última fase é a de investigação social, de caráter eliminatório. Essa etapa visa avaliar a idoneidade moral dos candidatos, que foram convocados para preencher a Ficha de Informações Pessoais (FIP). Este documento é sigiloso e solicita informações sobre vários aspectos da vida pessoal e profissional do candidato.

Caso o candidato preencha a FIP com dados falsos, a PRF pode descobrir e isso implica a eliminação automática do(a) candidato(a). Além da FIP, há a exigência de entrega de diversos documentos, como certidões negativas, certificado de reservista (para os homens), entre outros.