Ter um ar-condicionado em casa ou no escritório é sinônimo de conforto, mas para que ele funcione bem é preciso atenção desde a instalação até a rotina de manutenção.
Especialistas em instalações de ar condicionado em SP relatam que muitos problemas poderiam ser evitados se o cuidado começasse já na escolha da potência correta e no posicionamento da unidade em um local adequado, além de manter os filtros sempre limpos.
Esses cuidados simples fazem diferença no consumo de energia, no barulho e na durabilidade do aparelho.
Antes de usá-lo pela primeira vez, é importante avaliar o ambiente, conferir a parte elétrica e garantir um bom ponto de drenagem, já que falhas nesses itens podem gerar goteira, mofo ou queda de desempenho.
A qualidade da instalação também é essencial: cabos mal dimensionados ou tubos mal vedados aumentam riscos e reduzem a eficiência.
Na manutenção, a regra é regularidade. Filtros e serpentinas limpos garantem um fluxo de ar saudável, evitam mau cheiro e ajudam o equipamento a gelar mais rápido.
Observar sinais como pingos internos, ruídos fora do comum ou aumento no consumo é fundamental para agir cedo e evitar reparos caros no futuro.
1. Defina a capacidade correta (BTUs)
Escolha a potência pelo tamanho do cômodo, incidência de sol e número de pessoas. Um quarto de 12 m² com pouco sol costuma ir bem com 9.000 BTUs. Sala com sol da tarde e circulação de gente pede mais potência.
Se ficar fraco, o aparelho trabalha sem parar e gasta energia. Se ficar forte demais, liga e desliga o tempo todo, causa desconforto e encarece a conta.
2. Planeje o ponto de instalação
Instale a unidade interna em parede central do ambiente, alta o suficiente para distribuir o ar, longe de fogão, janelas com sol direto e aparelhos que soltam calor. Garanta um dreno com queda constante para fora e acesso fácil ao filtro.
Do lado de fora, a condensadora precisa de ventilação livre e base firme, sem bloqueio de ar. Evite áreas de muita poeira e locais sujeitos a alagamento.
3. Verifique a elétrica e o disjuntor
Use circuito dedicado com fiação compatível e disjuntor conforme o manual do fabricante. Tomadas adaptadas e extensões são fontes de aquecimento e risco. Se possível, use DPS e aterramento correto.
Um eletricista pode confirmar a bitola do fio, o padrão do plug e a tensão ideal, evitando quedas de energia e danos ao compressor.
4. Cuide da tubulação de cobre e do vácuo
Durante a instalação, tubulação amassada, vazamento de gás e isolamento térmico mal feito derrubam o desempenho. O vácuo na linha remove umidade e garante eficiência do fluido refrigerante.
Sem esse cuidado, a capacidade de resfriar cai e o consumo sobe. Exija materiais de boa qualidade e teste de estanqueidade.
5. Ajuste o controle com inteligência
Evite configurar a temperatura no mínimo achando que vai gelar mais rápido. O aparelho não acelera por causa do número no visor; ele apenas trabalha por mais tempo.
Uma faixa entre 22 °C e 24 °C costuma trazer conforto e bom consumo. Use o modo “sleep” à noite, feche portas e janelas e acione a função “swing” para espalhar o ar de forma uniforme.
6. Limpe os filtros a cada 15 ou 30 dias
Filtros sujos reduzem a passagem de ar e aumentam o esforço do equipamento. Retire as telas, lave com água corrente e seque à sombra.
Em locais com muita poeira ou pelos de animais, antecipe a limpeza. Se o aparelho permitir, aspire a serpentina interna com cuidado, usando escova macia para não danificar as aletas.
7. Higienização periódica das serpentinas
Mesmo com filtro limpo, parte da sujeira passa para as serpentinas. A higienização com produto adequado, aplicada por técnico, remove biofilme e melhora o cheiro do ar.
Essa prática ajuda a recuperar a troca térmica e reduz o gasto de energia. Em ambientes comerciais ou cozinhas, a frequência precisa ser maior.
8. Dreno livre e sem odores
Verifique o dreno regularmente. Se houver retorno de água, mau cheiro ou mancha na parede, há obstrução. Um simples desentupimento resolve e evita mofo.
Em instalações novas, garanta que a mangueira tenha queda contínua e conexão firme, sem “barriga”. Em prédios, confirme o ponto de saída permitido para não incomodar vizinhos.
9. Vistoria anual do gás e componentes
Uma checagem anual por profissional avalia pressão do gás, estado das aletas, ventiladores, placas e sensores. Vazamentos pequenos passam despercebidos, mas tiram a eficiência de forma lenta.
Detectar cedo evita que o compressor trabalhe no limite. Essa visita também identifica vibrações e parafusos soltos que geram ruído.
10. Hábitos que economizam energia
Feche cortinas no período de sol forte, reduza o uso de equipamentos que esquentam o cômodo e evite abrir a porta toda hora. Em dias amenos, teste o modo ventilação.
Se possível, invista em modelos inverter, que mantêm a temperatura de forma estável e consomem menos. Um bom hábito é ligar alguns minutos antes de usar o ambiente e desligar pouco antes de sair.
Sinais de alerta: quando pedir ajuda
Preste atenção a três sinais: goteira interna, barulho novo e queda de desempenho. Goteira indica dreno obstruído ou instalação sem a queda correta.
Barulho pode ser parafuso solto, hélice tocando a carenagem ou desgaste de rolamento. Queda de desempenho aparece quando o ar demora a gelar ou o consumo dispara.
Ao notar esses indícios, agendar uma visita técnica evita parada total.
Rotina simples de cuidados mensais
Monte um calendário rápido: limpar filtros, observar o dreno, aspirar poeira do painel, checar se o controle responde e revisar o horário do modo “sleep”. A cada trimestre, inclua uma inspeção mais caprichada das serpentinas e dos suportes da condensadora.
Em imóveis com crianças e idosos, manter a temperatura estável ajuda o conforto e reduz resfriados por choque térmico.
Dúvidas comuns no dia a dia
Gela menos à tarde? Em horários quentes, a carga térmica aumenta. Feche cortinas e reduza entradas de ar quente. Ajuste a direção das aletas para cima, espalhando melhor o ar frio.
Cheiro forte ao ligar? Sinal de filtro e serpentina sujos; a limpeza resolve na maioria dos casos.
Consumo alto repentino? Verifique filtros, dreno e se portas ficam abertas com frequência. Persistindo, peça medição de gás e avaliação do compressor.
Checklist rápido para instalar sem dor de cabeça
- Medir o cômodo e calcular BTUs.
- Definir parede central e altura da unidade interna.
- Confirmar disjuntor, bitola e aterramento.
- Prever caminho do dreno para fora.
- Escolher local ventilado para a condensadora.
- Exigir vácuo na tubulação e teste de vazamento.
- Fotografar a instalação para futuras manutenções.
- Guardar nota e manual em local fácil.
Esse roteiro simples organiza o processo e evita retrabalho.
Conclusão: conforto que dura mais tempo
Instalação correta, limpeza constante e ajustes inteligentes no uso formam o trio que mantém o ar-condicionado funcionando sem problemas.
Quando cada etapa recebe atenção, o ambiente fica agradável mais depressa, o ruído cai e a conta de luz fica sob controle.
Com essas 10 dicas, você cria uma rotina prática que protege o aparelho, evita surpresas e garante conforto em todas as estações.
Imagem: IA